MENSÁRIO N 33

27/04/2013 11:36

 

       MOVIMENTO CRISTÃO

                MENSÁRIO DE LUZ

         ANO VI — NUMERO 33 - NATAL/RN - NOVEMBRO/DEZEMBRO - 1986


      O NATAL


      Época em que toda a humanidade é

      Envolvidas pelas vibrações de paz, amor   

      E fraternidade.  

 

 

A Consciência da Verdade, que em mui­tos se encontra ador­mecida, seja em todos desperta pelas vibra­ções de amor e paz impulsionados neste ciclo natalino.

Quando tudo era duvidoso e obscuro aos homens, quando este não mais sabia que rumo deveria to­mar, quando a desi­lusão ornava o seu semblante, quando a escravidão se concre­tizava na humanida­de, quando o sofrer já era vivido resignada- mente por muitos, quando tudo parecia perdido, na forma hu­mana, se manifestou a Consciência Infini­ta do Filho de Deus, e entre nós habitou, e, como luz que É, alu- miou o caminho para toda a humanidade. A todos convidou a voltar ao Reino dos Céus, firmando-nos de que é lá o nosso Lar, e é para lá que devemos ir, e que não fomos criados pela Fonte Infinita de Deus para o sofrer e morrer, mas sim, para a vida eterna, sabo­reando a felicidade eternamente.

Com o nascimento do Cristo neste orbe, foi este, de imediato, tomado por vibrações descidas de dimen­sões infinitamente su­periores, isto por nela se fazer presente a Fonte do Poder Abso­luto, na formação hu­mana, que, como criança, as crianças ensinava; e como ho­mem, aos homens orientava. Pelo seu in­finito amor tinha um imenso desejo de li­bertar o orbe dos so­frimentos e das bus­cas ilusórias, que só geram egoísmo des­truidor, que só o apri­siona nas correntes das trevas.

O ciclo cósmico, que sabiamente foi arquitetato para a ma­nifestação do Cristo neste orbe, mudou o destino de todos os manifestantes de vida em nosso sistema uni­versal, dividindo a existência vital para antes e depois de Sua descida a esta dimen­são.

Em cada ciclo da celebração natalina, a humanidade é impul­sionada a galgar mais um degrau de ascen­são em busca de sua verdadeira identida­de, fraternizando-se com tudo e com todos; sendo pois, envolvi­da pelas vibrações de paz e amor, irradian­do felicidade, sem na­da receber, simples­mente por sentir pra­zer de ser simples-

 

 

SOBE A LUZ DA VERDADE E MENSÁGENS NATALINA

 

mente feliz; pois quando o homem é realmente feliz, com­partilha com seus se­melhantes essa felici­dade, porque não di­zer, com tudo e com todos que o cercam.

Não vos acomodeis com essa falsa iden­tidade, procurai te auto-descobrir. O nosso Pai celestial não criou sofrimento, nem tristeza, nem egoís­mo, nem riqueza, nem pobreza, tudo é, e tudo existe para to­dos. Mas, de que vos adianta iludirdes e vos sentirdes possei­ros ou donos do que passa ou do que ilu- soariamente exis­te? Por acaso des- conheceis o divino amor que emana do nosso Pai Celestial? Lembrai-vos das sá­bias palavras do Cris­to: "Buscai primeiro o reino de Deus, e sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Mat. 6.33).

O Pai, que criou tu­do e todos, sabe das necessidades de cada um, mas a cada ho­mem deu o livre arbí­trio, responsabilizan­do-o por cada ato que pratique; sendo, pois, cada homem o seu próprio semeador e colhedor dos frutos de sua própria semeadu- ra.

Quando o homem se distancia da Vida ou Fonte do amor, es- quece-se cada vez mais do ser que é, ilu­dindo-se mais e mais pela falsa identidade, fonte da ilusão de on­de emanam o egoís­mo, a tristeza e a dor. Essa fonte de infelici­dade não foi criada pelo Pai, mas por Ele admitida a sua cria­ção, por dotar o ho­mem da livre vontade.

A descida do Cristo a este orbe foi a maior prova de amor que o Pai pode dar aos seus filhos terráquios. Pe­lo espírito universal do seu Filho Primogê­nito, esteve presente entre nós, pelo Cristo nos falou, nos ensinou como nos libertar das correntes ilusórias desta dimensão, con­vidando-nos a voltar ao Seu Lar celestial, de onde saímos em busca de tesouros ilu­sórios .

No Natal, devemos sempre louvar ao Pai e ao nosso irmão e Mestre Jesus, pelos Seus divinos sacrifí­cios e amor a todos nós. Libertemo-nos. das algemas que apri­sionam nossas almas pelas chaves das boas ações, da renúncia in­terior de posse; do encontro com o Pai em tudo e em todos, dialogando com Ele na linguagem do amor, da compre­ensão e resignação, subjugando nossas vontades à vontade do Cristo, tanto nos pen­samentos, quanto nas palavras e ações. Com tais providências vos­sas almas voarão em busca do vosso ver­dadeiro lar, o Reino dos Céus.

Amem-se.

Até o sempre.

Um Companheiro de Caminhada.

AS PLANTAS

Tu, oh! Reino Vegetal, que por quase toda a huma­nidade és esquecido, só lembrado para as decora­ções, por oferecer-nos belas flores, e teus frutos, quan­do para saciar o desejo de muitos; tu que percebes si­lenciosamente a maldade do mundo, e, quando sacri­ficado, recebes resignada- mente a tua morte, neste Natal te homenageamos pe­lo que és, símbolo da espe­rança, fonte do ar que res­piramos, vida do nosso pla­neta.

AOS HOMENS

Todo homem que te pro­cura vai pedir-te alguma coisa: o rico aborrecido, a amenidade da tua conver­sa; o pobre, o teu dinheiro; o triste, um consolo; o dé­bil, um estímulo; o que lu­ta, uma ajuda moral. Todo homem que te busca, certa­mente há de pedir-te algu­ma coisa.

E tu ousas impacien­tar-te! E tu ousas pensar que isso é um fastídio! In­feliz! A lei oculta, que re­parte misteriosamente as excelências, dignou-se ou-

 

MENSARIO DE LUZ

 

torgar-te o privilégio dos privilégios, o bem dos bens, a prerrogativa das prerrogativas: “dar”. Tu podes dar!

Em todas as horas de que é feito um dia, tu dás, ainda que seja um sorriso, ainda que seja um aperto de mão, ainda que seja uma palavra de alento. Em todas as ho­ras de que é feito um dia, tu te assemelhas a Ele, que não é senão doação perpé­tua e perpétuo regalo.

Deixa cair de joelhos, e dizer: — “Graças, meu Deus, por que possa dar! Nunca mais pelo meu sem­

ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA

•     Manoel Digézio da Cos­ta — Av. Xavier da Silveira, 389, Morro Branco, Na- blante passará uma sombra de impaciência! Em verda­de, em verdade vos digo que mais vale dar que rece­ber!”

AS CRIANÇAS

Oh! Crianças, símbolo do idealismo Cristão, nesta di­mensão; pureza viva; fonte da simplicidade, do despre- endimento de valores, do perdão sem mágoa, do sor­riso sincero, do beijo puro; por serdes o canal de luz e sustentáculo da humanida­de, somo-vos gratos. Dese- jamo-vos que, no amanhã,

tal-RN.

João Batista Soares de Li­ não sejais contaminadas pela maldade dos homens, voltando a se espelhar nas novas crianças que virão a sustentar o nosso orbe.

AOS ESPIRITUALISTAS

Companheiros, não vos especializeis em eloqüên­cia, em argumentos convin­centes, não vos logreis dou­tores da sabedoria, porque todos nós somos pequenos e carecedores de ajuda. Os homens de Deus, mestre nos ensinamentos, deverão ser conceptores da luz para guiarem os que nas trevas tropeçam. Os enviados do Pai não visam posições, nem tornarem-se senhores de religiões, mas, simples­mente, libertarem seus ir­mãos dos apegos ilusórios, fazendo-os conceber o Rei­no de Luz que hoje conce­bem e vivem.

•   Se já vos sentis dissolvi­ma — Rua Marechal Ana- cleto de Lima, 2326 — Dix- Sept Rosado. Natal-RN.

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dos em luz sois realmente Mestres; se não, buscai, primeiro, a luz, para depois guiardes os que da luz care­cem.

PARA MEDITAÇÃO

“Um menino pequeno foi à escola. Era muito peque­no; tudo quanto sabia, o ha­via obtido com o leite que mamara de sua mãe. Seu mestre, que era Deus, colo- cou-o na classe mais ele­mentar e lhe deu estas li­ções para aprender: “Tu não matarás. Tu não farás dano a nenhum ser vivente. Tu não roubarás”. O ho­mem não matou, mas foi cruel e roubou. No fim do dia, quando sua barba es­tava grisalha — quando chegou a noite, seu mestre, que era Deus, lhe disse: “Tu aprendeste a não ma­tar, mas as outras lições não as aprendeste. Volta

ISTO É O MOVIMENTO CRISTÃO

No Natal, todos desejam receber presen­tes. Todos querem receber mensagens augu- rando,“Boas Festas e Feliz Ano Novo”.

E muito bom receber dos amigos, parentes e vizinhos essas mensagens natalinas. Mas a verdadeira mensagem do Natal está no espírito de paz no qual devemos estar todos imersos. Só assim, a paz que sentimos interiormente externará e alcançará todos os nossos irmãos, formando um clima de Natal uníssono com o dos Céus.

Apesar de uma grande maioria, aqui na Terra, ainda ter por que chorar, em razâo dos erros cometidos, se verificares atentamente, perceberás que tens vários motivos para seres feliz: o primeiro, é o da certeza de não seres ór­fão, o mesmo Pai do Cristo é o teu Pai, é o nosso Pai; depois, Ele te ama infinitamente, assim co­mo ama a todos nós.

O maior presente do Natal é representado pela chuva de paz e amor que o Cristo derrama sobre toda a humanidade. Abra-te para Ele, re- ceba-0 de braços abertos e toda a tua vida será um eterno e feliz Natal.

O nosso maior desejo é que este clima de paz, compreensão e amor, reinante no Natal, estenda-se por todo o sempre em nossas vidas.

 

MENSÁRIODE LUZ

 

 

amanhã”.

No Dia seguinte, voltou o menino pequeno. E seu mestre, que era Deus, colo­cou-o numa classe um pou­co mais adiantada e lhe deu estas lições para aprender: “Tu não farás dano algum a nenhum ser vivente. Tu não roubarás. Tu não engana- rás”. O homem não fez da­no a nenhum ser vivente; mas roubou e mentiu — quando chegou a noite, seu mestre, que era Deus, lhe disse: “Tu aprendeste a ser clemente. Mas as outras li­ções não as aprendeste. Volta amanhã”.

Outra vez, no dia seguin­te, voltou o pequeno meni­no

E seu mestre, que era Deus, colocou-o em uma classe um pouco mais ele­vada ainda, dando-lhe estas lições para aprender: “Tu não roubarás. Tu não enga- narás. Tu não invejarás”. Assim, o homem não rou­bou; mas e invejou. E, no fim do dia, quando sua bar­ba estava grisalha — quan­do chegou a noite, seu mes­tre, que era Deus, lhe dis­se: “Tu aprendeste a não roubar. Mas as outras li­ções não as aprendestes. Volta amanhã, meu Filho”.

Foi isto que li nos rostos dos homens e das mulhe­res, no livro do mundo e no registro dos céus, que está escrito com estréias”.

 

PRECE DE CÁRITAS

Deus nosso Pai, que ten­des poder e bondade, dai força àquele que passa pela provação, dai luz àquele que procura a verdade, ponde no coração do ho­mem a compaixão e a cari­dade.

Deus, dai ao viajor a es­trela guia, ao aflito a conso­lação, ao doente, o repouso.

 Pai, dai ao culpado o ar­rependimento, ao espírito a verdade, à criança o guia, ao órfão o pai.

Senhor, que a vossa bon­dade se estenda sobre tudo que criastes.

Piedade, meu Deus, para aquele que vos não conhe­ce; esperança para aquele que sofre. Que a Vossa bon­dade permita aos Espíritos consoladores derramarem por toda a parte a paz, a es­perança e a fé.

Deus, um raio de luz, uma centelha do Vosso

 

Amor pode abrasar a Terra; deixa-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita e todas as lágrimas secarão, todas as dores acalmar-se-ão; um só co­ração, um só pensamento, subirá até vós, como um grito de reconhecimento e amor.

Como Moisés sobre a montanha, nós vos espera­mos com os braços abertos, oh! poder, oh! bondade, oh! beleza, oh! perfeição, e queremos de algum modo alcançar a vossa misericór­dia.

 Deus, dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até Vós; dai-nos a caridade pura e dai-nos a fé e a razão, dai-nos a simpli­cidade que fará das vossas almas o espelho onde se de­ve refletir o Vosso Ilumina­do Espírito.

 

Amigo leitor, não te entristeça se os teus irmãos

Não comungam contigo nos mesmos ideais, envolva-os

Pela paciência e resignação que emana de tua VIDA,

Um dia eles comungarão contigo. ESTA É A LEI.